terça-feira, 28 de junho de 2011

Adiós River (parte 2)

Escrevo este post como uma continuação inesperada do post "Adiós River" que publiquei ontem.

  • A indignação sentida pelos adeptos do River era imensa. O narrador da Rádio Mitre, Atílio Costa Febre, adepto assumido, disse isto nos minutos finais do jogo:

“Hay que ser hijo de puta para hacerle a River lo que hicieron. Y como hicieron mierda. Adónde se van a meter ahora? Pongan la cara acá. Vengan acá como la gente común. Ustedes, ladrones que destruyeron a River, son unos incapaces, sátrapas. Tremendos hijos de puta. Ya no me importa que eso me cueste la carrera”

  • Segundo o relatório do árbitro, os adeptos mais violentos do River, os barrabravas, avisaram-no que caso não marcasse um penalty a favor, iria acabar morto. Isto não impediu que muitos se sentissem prejudicados por um suposto penalty claro na 1ª parte, bem como pela decisão do árbitro de perdoar pelo menos uma expulsão a um jogador do Belgrano.
“Te vamos a matar, cobrá un penal o te vamos a matar”
  • O sistema implementado para descobrir o campeão final na Argentina é algo de muito confuso. De loucos, mesmo. Irei citar o seguinte texto do Relvado, por preguiça.

"Por ter sido apenas o 17.º melhor, num total de 20 clubes, na média dos últimos três anos do campeonato argentino, o River Plate foi obrigado a disputar um play-off com o quarto classificado da segunda divisão, o Belgrano, para se manter entre os grandes.

Para definir quem desce, somam-se os pontos das últimas três temporadas (juntando-se os dois torneios, de Apertura e Clausura) e dividem-se pelo total de jogos. Os clubes que disputaram todas as três temporadas têm os seus pontos divididos por 114. Os clubes que disputaram as duas últimas temporadas têm os seus pontos divididos por 76. E os recém-promovidos têm os seus pontos divididos por 38.

Os dois piores da média, o 19.º e 20.º, descem automaticamente. Os 17.º e 18.º vão aos play-off com o 3.º e o 4.º da segunda divisão. Foi o caso do River Plate.

Curiosamente, estas regras foram implementadas pelos clubes grandes da Argentina, River Plate incluído, e visavam precisamente evitar que, por uma época má, um deles tivesse o infortúnio de descer. Até porque o sistema prejudica os recém-promovidos, que têm de conseguir muitos pontos, cerca de 48 em 38 jogos, para não descerem. O feitiço acabou por se virar contra o feiticeiro..."

  • Com a descida de divisão do River, passam a ser apenas 2 os clubes que nunca conheceram o amargo sabor da despromoção: Boca Juniors e Independiente. No entanto, com a média de pontos por jogo que têm, poderão estar em apuros para o ano que vem, se fizerem uma época ao nível das anteriores.
  • Ainda quando me preparava para clicar em "Publicar Mensagem", recebo a notícia de que o River Plate pode perder pontos por causa dos acontecimentos do último domingo. Este tweet do @RiverPlateNews foi a fonte.

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