domingo, 6 de maio de 2012

Objetivo do futebol... marcar auto-golos?

Aconteceu na Shell Caribbean Cup de 1994.


«You would think a basic winning tactic in football would be to kick the ball between the posts. Your opponent's posts, that is. The team that is best at this wins the match.
Most of the time that's true, but an infamous game between Barbados and Grenada in 1994 turned logic upside-down.Going into the last group game in a Caribbean Cup tournament (the Shell Caribbean Cup), Barbados needed to beat Grenada by two goals in order to reach the final. A draw after 90 minutes would result in extra time whereas anything less than winning by two goals would see Grenada through to the final. The catch, however, was that the organisers had decided that in the case of extra time a golden goal would count as two goals.Barbados took an early 2-0 lead, but Grenada made it 2-1 with seven minutes remaining. Barbados were heading out unless they scored a goal—any goal!One Barbadian striker realised that his team were unlikely to score another goal against Grenada, with only a few minutes to go and Grenada playing an ultra-defensive tactic. Instead, he decided that their best chance of winning was to make the game go into extra time and score a golden goal, which would count as two goals.So he promptly powered the ball past his own stunned goalkeeper to make it 2-2.Now, Grenada needed to score a goal—at either end—to avoid extra time and to go through to the final. The Grenada players, initially stunned by the goal and suddenly realising what was going on, turned around and headed for their own net.Now the comedy really starts as the Barbadians had anticipated this move and rushed to defend the Grenada goal—in addition to their own—until the whistle went for extra time. Now be honest, who could make up a story like this?In the end, Barbadian ingenuity was rewarded as one of their strikers scored the winning goal four minutes into extra time, which sent Barbados to the final.As was to be expected, the Grenadians were not amused. Grenada manager James Clarkson was furious. "I feel cheated, the person who came up with these rules must be a candidate for the madhouse"."The game should never be played with so many players on the field confused. Our players did not even know which direction to attack; our goal or their goal. I have never seen this happen before. In football, you are supposed to score against your opponents in order to win, not for them."»


Fonte: BleacherReport



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sexta-feira, 4 de maio de 2012

A insustentável situação do Leiria

Muito se tem falado da atual situação do União de Leiria, que é desastrosa. Vou, então, salientar alguns tópicos importantes sobre o assunto.

  • Árbitro(s). Marco Ferreira não é um árbitro que seja do meu agrado pelo trabalho que exerce (muito pelo contrário), mas, no Leiria – Feirense, não teve trabalho, leia-se sanções disciplinares, a fazer. Jogo quase sem faltas, e aí há o mérito das três equipas.
  • Jogadores da UD Leiria (os que compareceram). Profissionais, no verdadeiro sentido da palavra. É verdade que foram, principalmente, emprestados e juniores. Mas, num barco a se afundar qual Titanic, qualquer pessoa que se atreva a remar no sentido contrário e desafie as adversidades, arrisca-se a ser denominado de herói. Uma equipa que, a jogar 8 contra 11, sofre o 1º golo aos 45+1’, perdem «apenas» por 4-0 e resistem 90’, merecem tal etiqueta. No final, os guerreiros abraçaram-se, num sinal de camaradagem.
  • Jogadores do Feirense. Ganharam num cenário fácil e no qual qualquer resultado que não a vitória seria impensável, ainda para mais sendo o Feirense outra das equipas que lutam pela manutenção. Mas, no final, cumprimentaram, elogiaram e confortaram os seus adversários de ocasião, mas colegas de profissão, mostrando que o fair-play ainda existe.
  • Adeptos leirienses. Grandes, simplesmente grandes, aqueles que compareceram na Marinha Grande, sabendo, antes do início do jogo, que a sua equipa estava 90% condenada à descida e que o espetáculo que daí sairia poderia ser humilhante para as suas hostes. Aplaudiram e torceram pela equipa cada vez que um ataque adversário não resultava em golo, como se estivessem na final da Champions e a ganhar 1-0. Enormes.
  •  Jogo contra o Benfica. O Leiria perdeu, no passado fim-de-semana por 0-4 frente ao Feirense. Em casa. Com 8 jogadores, durante 90 minutos, o que fez com que as forças, quer nos juniores quer nos emprestados que apareceram, começassem a faltar. O Benfica, apesar de uma época que desiludiu a nível interno, é uma equipa grande, consegue ser entusiasmante, agressivo e infernal na sua casa. Se os jogadores do Leiria se atreverem a pôr os pés no relvado da Luz, alguém se atreve a prever um resultado? Eu aposto num score de 12-0…
  • UD Leiria. Com salários em atraso, descida de divisão como caminho mais provável, rescisões de contratos, mudança de estádios, dívidas atrás de dívidas e um clube que às vezes parece afastado da população da região, alguém consegue ver um futuro risonho?
  • João Bartolomeu: Mesmo podendo ter razão na sua luta, pergunto-me: como é que um presidente demissionário se atreve a chamar a alguns jogadores desertores?
  • Joaquim Evangelista e Mário Figueiredo. Destes artigos no Reflexão Portista (artigo 1| artigo 2) ficamos a conhecer certas “curiosidades” que acontecem quando clubes com salários em atraso defrontam o Benfica. E, no intervalo do tal Leiria vs Feirense, Mário Figueiredo deu uma entrevista, na qual afirmou, entre outros assuntos, que a implementação do fair-play financeiro será brevemente uma realidade, e que os salários nas duas principais divisões do futebol português eram demasiado elevados para a realidade económica do país. Disse também que já tentou mudar esse aspeto, mas que o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol não partilha dessa vontade (“O presidente da Liga adiantou também que Joaquim Evangelista «tem uma proposta de revisão do contrato coletivo de trabalho, que está em cima da mesa dele há mais de um ano, à qual ele não responde».”).
  • Keita (jogador do Leiria). Incluído na ficha de jogo e equipado adequadamente para a prática do futebol, não chegou a pisar o relvado. Chegou-se a suspeitar que este jogador teria recebido uma mala com a qual teria fugido, e no interior da qual existiriam cerca de seis mil euros. Foi alvo de críticas por João Bartolomeu em declarações transmitidas na televisão, mas negou o sucedido e, convenhamos, o presidente da SAD leiriense poderá dar-se como sortudo se Keita não o processar por calúnias…
  • Futebol português. Casos como o do Leiria (salários em atraso) passam, por vezes, incólumes. No mesmo momento em que Leiria e Feirense jogavam, houve desacatos nos Barreiros (no União da Madeira – Leixões), pois, após a expulsão de um jogador dos visitantes, os adeptos da equipa de Matosinhos invadiram bancadas de adeptos unionistas, causando o pânico e levando à intervenção da Polícia. Se a isto juntarmos muitas outras polémicas (como declarações inflamatórias de dirigentes e jogadores, a estúpida hipótese da alargamento numa Liga parcialmente falida, a constante aposta em estrangeiros de qualidade duvidosa em vez de jovens valores portugueses e da formação, estádios megalómanos às moscas, o fosso que separam os clubes pequenos dos grandes, a pouca competitividade do nosso campeonato e arbitragens, que levam a que árbitros sejam ameaçados pessoalmente, vejam dados pessoais publicados na internet e se recusem a apitar), chegamos a perguntar-nos: o que se passa com o nosso futebol?

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